A época em que a Troika impôs a Portugal um rigoroso programa de austeridade já vai longe. As medidas que foram tomadas resultaram e o défice nas contas públicas tem vindo a diminuir prevendo-se que brevemente haja superavit. Há no entanto a ter em conta que a dívida pública ainda é elevada e não podemos dar passos em falso para não sermos obrigados a voltar para trás. O ano de 2020 não vai ser fácil para o Governo pois está em cima da mesa uma mão cheia de reivindicações, de vários sectores da Administração Pública, que podem causar instabilidade social. Dos pedidos que foram feitos passo a destacar os seguintes:
Enfermeiros-criação da carreira de especialidade e um vencimento adequado a estas funções. Uma nova tabela salarial para toda a classe e a generalização do horário de 35 horas semanais.
Médicos-pagamento integral do trabalho extraordinário. Negociação de uma grelha salarial que respeite a diferenciação técnica e profissional dos trabalhadores médicos. Remunerar o trabalho prestado ao sábado e além da urgência de um modo específico. O trabalho ao sábado das 8 h às 13 h ainda é equiparado a dias da semana. Parece que também são precisos mais médicos para algumas especialidades e para o SNS.
Polícias-melhoria de salários e melhores condições de trabalho-
GNR-reivindicam direitos salariais e sociais: actualização da tabela remuneratória e de pagamento de retroactivos.
Professores-contagem do tempo e descongelamento de carrieiras.
Assistentes Operacionais das Escolas- fim da precariedade e aumento dos salários. Corrigir as insuficiências de pessoal.
Registos e Notariado- pedem o fim das assimetrias salariais e melhores condições do sistema remuneratório.
A acrescentar a estas reivindicações há também os investimentos que têm de ser feitos em infraestruturas nomeadamente na Saúde, Educação e Transportes.
Saúde- obras em hospitais e Centros de Saúde.
Educação- obras em edifícios escolares
Transportes- modernização de caminhos de ferro e electrificação de troços : renovação da linha entre Covilhã e Guarda; electrificação do troço Viana do Castelo- Vigo. Modernização da linha do Oeste entre Mira- Meleças e Caldas da Rainha ; electrificação entre Lagos e Tunes e entre Faro e Vila Real de Santo António
Esta é a realidade que não pode ser posta de lado. Mas em conexão com esta realidade encontra-se também uma utopia. Alguns partidos como o BE vão mais longe e pedem também uma baixa nos impostos e outros como o PSD um desagravamento da carga fiscal. Assim o aumento nas despesas devia ser acompanhado de uma diminuição das receitas baixando os impostos. Deste modo ,onde se vai buscar o dinheiro para fazer face ao aumento das despesas? Se isto for possível teríamos a cereja no topo do bolo.
Esperamos que tudo seja resolvido, gradualmente e a seu tempo, sem pressas nem precipitações. Para que tudo corra bem é necessário apoio às pequenas e médias empresas e que o crescimento económico nos ajude.
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