Com a queda do Muro de Berlim e o Fim da Guerra Fria apareceu o livro “O Fim da História “, escrito pelo historiador americano Fukuyama. Este historiador entendia que o capitalismo liberal de mercado era o melhor sistema político e económico e não era possível progredir mais. Mas a Grande Depressão de 2008 veio provar veio provar o contrário. Afinal a economia sem a intervenção do Estado pode evoluir para um descalabro de consequências imprevisíveis.
O economista Joseph Sitglitz tratou deste assunto no livro “ A Economia Mais Forte Do Mundo ( Um plano para revitalizar a Economia e promover a Prosperidade Global ). Nele se faz uma análise das consequências da crise de 2008 , das causas que lhe deram origem sugerindo um plano para inverter e revitalizar a economia. Como consequência da crise e da profunda recessão que se seguiu 10 milhões de famílias norte americanas perderam as suas casas ou entraram em processo de execução hipotecária; 8,7 milhões de trabalhadores perderam o seu emprego ; de 2009 a 2012 91% de todo o aumento de rendimento foi para 1% dos norte-amerricanos mais ricos.Há ainda milhões de trabalhadores que permaneceram encurralados em empregos a tempo parcial ou no emprego disfarçado. As causas que levaram a esta situação foram múltiplas e variadas: a desregulamentação e a redução de impostos sobre os rendimentos mais elevados ; corte nos programas de acção social e nos investimentos públicos. A economia trickle-down que consiste em aumentar os rendimentos dos que se situam no topo da tabela esperando que isso acabe por beneficiar os restantes verificou-se que não funcionou. Para se corrigir as desigualdades tem que se começar no meio da tabela a aumentar os rendimentos. Ou seja, tem que ser uma economia trickle-up pois essa teria mais possibilidade de sucesso. Uma parte do sector financeiro preocupa-se mais na obtenção de rendas e lucros do que no investimento e em activos produtivos. As remunerações dos quadros executivos aumentara até níveis que não puderam ser justificados pala sua produtividade. Muitos desses aumentos deram-se à custa dos trabalhadores e dos accionistas que fizeram crescer a desigualdade a nível nacional. Stiglitz propõe então uma série de medidas para revitalizar a economia americana e que se aplicam em qualquer país, inclusive Portugal, e que têm em vista promover a prosperidade global. Dessas medidas há a destacar as seguintes:
1) desenvolver um sistema financeiro que sirva os interesses da sociedade ajudando a financiar as pequenas empresas, a educação e a habitação
2) regular o sistema bancário paralelo e eliminar as operações bancárias off-shore. Os centros financeiros off-shore são utilizados para fugir às regulamentações desenhadas para garantir um sistema financeiro seguro e saudável.
3) alinhar as taxas de impostos sobre as empresas com o rácio remuneração dos directores executivos/remuneração dos trabalhadores comuns( ou, até, com o
ordenado mínimo)- aplicando uma taxa sobre qualquer excedente. As empresas bem geridas e sem remunerações de topo excessivas poderiam ser tributadas a taxas inferiores.
4) revitalizar o investimento público na educação e na tecnologia.
5) investir na renovação das infraestruturas ferroviárias, energia e telecomunicação
6) alargar o acesso aos transportes públicos
7 ) aumentar o ordenado mínimo
Se estas medidas fossem implementadas teríamos de certo uma sociedade mais justa e igualitária
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