Na edição de domingo do Jornal “ Público “ António Barreto e Pulido Valente resolveram juntar-se e zurzir o primeiro ministro José Sócrates.
As críticas de António Barreto incidem sobre as decisões tomadas em relação ao futuro aeroporto de Lisboa e à ratificação por via parlamentar do Tratado de Lisboa. Os dois casos contrariam as propostas eleitorais e o programa do governo. A censura destas decisões não me surpreende pois é devidamente fundamentada. O que me irrita é a adjectivação ríspida e agressiva nos comentários que faz. Ao chamar ao primeiro ministro cínico e pueril está a utilizar uma linguagem desajustada e exagerada. António Barreto diz que bastaram quarenta e oito horas para tomar uma decisão firme sobre o relatório que foi apresentado pelo LNEC. Acrescenta ainda que primeiro se decide e depois se estuda. Refere-se ainda ao mal em que enfermam as obras públicas: não cumprimento dos prazos e dos custos orçamentados , dos acidentes sem responsabilidade, etc…etc.. Sobre isto não há nada a opor porque é verdade. De qualquer forma também me parece que se o governo demorasse a decidir, as críticas iriam chover da mesma maneira. Como diz o aforismo :” preso por ter cão e preso por não ter”.
Todo o arrazoado de Pulido Valente tem por objectivo reduzir a actividade do governo a zero. Nada se fez até agora e os cidadãos ainda não se deram conta de quaisquer melhorias. O governo não tem feito outra coisa senão dormir. O simplex é uma farsa. Aqui o dr. Pulido esquece-se que pode, por exemplo, comprar uma casa e registá-la sem fazer escritura. Além deste caso há ainda muitos outros em que os procedimentos a seguir foram simplificados. Diz também que a economia está em coma mas esquece o esforço que foi feito para conter o déficit orçamental. Finalmente chama a Sócrates um polícia que manda e proíbe. Provavelmente está a referir-se ao facto de não poder fumar em locais públicos como até então fazia.
De tudo isto fica claro que se o país se governasse de retórica estaríamos agora no ranking dos melhores da Europa e do Mundo. Para o conseguir bastaria que Pulido Valente e António Barreto disputassem entre si os cargos de Primeiro Ministro e de Presidente da República. Só que a política é feita de rigor e realismo e não se compadece com verborreias e aventuras demagógicas.
Francisco Martins
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