Este não vai ser certamente um Natal feliz ou alegre para muita gente. Estou a lembrar-me, entre outras , das seguintes pessoas : as vítimas de intempéries e de tornados ; os que foram assaltados e roubados ; os refugiados de África que tiveram de fugir dos suas terras, dos sem-abrigo e também dos desempregados que fazem um esforço enorme para sobreviver.
Há muita gente a passar fome e a viver no limiar da pobreza. Enquanto isso há gestores e administradores que ganham mais num mês do que um operário num ano inteiro. Muitos empresários esquecem-se que os trabalhadores são elementos fundamentais da empresa e que os lucros também deviam ser repartidos por eles. Só pela justa e equitativa distribuição da riqueza de um país se conseguirá uma sociedade mais justa e humana. Se cada partilhasse um pouco do que tem pelos outros deixaria de haver fome e miséria no Mundo. Os bens que Deus criou não são exclusivo de ninguém mas de toda a humanidade. Se uns têm tudo e outros nada, alguma coisa está mal e a exigir reflexão.
O Natal é uma festa importante para todos os cristãos. Nela se comemora o nascimento de Jesus que abriu novos caminhos para Deus. A sua doutrina assenta numa única Lei-. A Lei do Amor. É no dia a dia que nós provamos se somos ou não cristãos. Ir à missa e rezar não chega. Só pela prática do Amor ( Caridade ) nas várias situações com que cada um se confronta na vida podemos chegar até Deus. Em São Mateus (25,35 ) podemos ler : “tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber, era peregrino e recolheste-me, estava nu e deste-me que vestir , adoeci e visitaste-me , estive na prisão e foste ter comigo. “ Foi isto que Jesus Cristo nos veio ensinar e que neste Natal e durante o ano devia ser tema de reflexão para todos.
Embora festejemos o Natal no dia 25 de Dezembro a verdade é que não se sabe ao certo a data do nascimento de Jesus. Os Romanos festejavam nesta data o “ Rei Sol “. A Igreja quis transformar esta festa pagã e aproveitou-a para comemorar o nascimento de Jesus. Hoje o Natal, para a grande maioria das pessoas, voltou a ser uma festa pagã. Quase ninguém celebra o nascimento do Menino-Deus. É mais a festa do Pai Natal, das prendas, do consumismo e das lautas ceias. Quando formos capazes de gastar menos em prendas para dar aos mais necessitados, então sim estamos a dar ao Natal o seu verdadeiro e autêntico significado.
FRANCISCO JOSÉ SANTIAGO MARTINS
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