Este é um livro escrito por Stephen Marche , canadiano e articulista da revista Esquire e colabora também nas publicações de língua inglesa como New York Times e Guardian.
Os regimes democráticos estão a entrar em decadência. A polarização partidária e o populismo estão a alastrar em muitos países. A História diz-nos que os EUA tiveram a sua origem numa guerra de Secessão ou Guerra Civil que decorreu entre 1861 e 1865. Foi uma guerra entre Unionistas e Confederados devido a uma longa controvérsia sobre a escravização dos negros. O conflito eclodiu em Abril de 1861 quando os separatistas atacaram o Fort Sumter na Carolina do Sul pouco depois de Abraham Lincoln ter tomado posse como presidente dos Estados Unidos. E passo a transcrever as passagens mais importantes do livro
Hoje tudo se encaminha para uma guerra civil. As causas que podem desencadear esta situação são as desigualdades económicas e ambientais que aumentam a cada ano que passa levando a que a riqueza produzida se encaminhe para os que estão no topo. Por outro lado há também um híper- partidarismo entre Republicanos e Democratas que não têm compromisso com uma política específica e os eleitores votam neles como se pertencessem a uma tribo. O ódio partidário é também evidente. Segundo o autor do livro, neste preciso momento há xerifes eleitos a promoverem abertamente a resistência à autoridade federal. Há também milícias a armarem-se e a treinarem-se em preparação para a queda da República. Na internet, na rádio, na televisão por cabo, nos centros comerciais disseminam-se doutrinas que defendem uma liberdade radical, inatingível, messiânica. A fé na democracia está estilhaçada. No rescaldo da eleição de Biden uma sondagem revelou que 88% dos Republicano não acreditavam que a sua vitória fosse legítima. Os governos estrangeiros têm de se preparar para uma América fragmentada com diferentes centros de poder. Têm de se preparar para uma América sem rumo. A próxima guerra civil deixou de se ser ficção científica.
Na conclusão final o autor não deixa de ter esperança na América. É bom não esquecer que durante a maior parte dos séculos XIX e XX, a América foi sinónimo de esperança. E dá como exemplo a generosidade do Plano Marshall na Europa que ajudou a reconstituir a economia de um inimigo que a tinha tentado aniquilar. A esperança no futuro é possível se os EUA puserem em prática um sistema eleitoral moderno, restaurarem a legitimidade dos tribunais, reformarem as forças policiais, alterarem o código fiscal de modo a atacar as desigualdades prepararem as suas cidades e a sua agricultura para os efeitos das alterações climáticas, regularem e controlarem os mecanismos da violência. É necessária uma política que sirva o povo e não o contrário. Os EUA precisam de inventar uma política para uma nova era. Precisam também de uma nova Convenção Constitucional. Na América estão a emergir identidades étnicas distintas: a América enquanto república de colonos brancos e a América enquanto democracia multicultura .Pode ter-se uma ou outra. Não é possível que ambas sobrevivam a não ser enquanto países distintos.
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