Este é um livro escrito por Noam Chomsky que estudou Linguística, Matemática e Filosofia na Universidade de Pensilvânia, onde se doutorou em 1955. Os seus textos políticos têm tido uma influência notável no mundo contemporâneo. Ao longo de 23 capítulos o autor faz uma análise política da evolução do Mundo e relata as guerrilhas que foram surgindo durante os séculos XIX e XX.
No fim da 2ª Guerra Mundial os Estados Unidos era a maior potência política e militar a nível mundial. Dominava o Pacífico, a América Latina e alguns países da Ásia Oriental. Mas o seu poder tem vindo a diminuir desde o ano de 1945. A partir do 11 de Setembro os EUA começaram a combater o terrorismo invadindo o Afeganistão e o Iraque. Por decisão de Kennedy foi invadido o Vietnam do Sul e a Indochina. Entretanto surgiram outras potências como a China, a Índia e a Rússia. Quando a União Soviética colocou misseis nucleares em Cuba esteve em risco de eclodir uma guerra com os EUA que poderiam destruir o Hemisfério Sul. Tudo isto começou, e passo a citar, com o ataque terrorista de Kennedy a Cuba , como uma ameaça de invasão em Outubro de 1962. No que respeita ao conflito israelo-palestiniano, enquanto os EUA e Israel persistirem na sua posição de rejeitar, bloqueando o consenso internacional relativamente à criação de dois Estados, não será implementado nenhum plano com vista à garantia de segurança nacional e, portanto nenhum passo será dado no sentido de criar uma zona isenta de armas nucleares e de mitigar, ou talvez mesmo fazer desaparecer, aquilo que os EUA e Israel afirmam ser a mais grave ameaça à paz.
Hoje a Humanidade está confrontada com dois grandes problemas: a destruição ambiental e a guerra nuclear. Coloca-se diante de nós a possibilidade de qualquer esperança de vida digna ser destruída, e não num futuro distante. O que está a acontecer na Palestina é realmente dramático. Os Israelitas estão a ir longe de mais atacando civis, hospitais, abrigos de refugiados. O Direito norte-americano defende que « não poderá ser prestado qualquer assistência no plano de segurança a nenhum país cujo governo adopte um padrão consistente de violações flagrantes aos direitos humanos, internacionalmente reconhecidos ». Ora, Israel é, sem margem de dúvida, culpável por esse padrão consistente.
No capítulo 17 do livro Chomsky afirma que os Estados Unidos são uma das principais nações terroristas. E afirma que o comandante terrorista Henry Kissinger ficou «apoplético » perante a insubordinação do « insignificante « Castro o qual entendeu que devia ser «esmagado ». Aponta ainda a guerra terrorista dos EUA contra a Nicarágua e o terrorismo de Estado que Bussh entusiasticamente apoiou em El Salvador e na Guatemala. Em Cuba, as operações terroristas foram lançadas com a máxima impetuosidade pelo presidente Kennedy e pelo irmão para castigar os Cubanos pela derrota na Baía dos Porcos. As operações incluíram o bombardeamento de hotéis e instalações industriais, o afundamento de embarcações de pesca, o envenenamento de colheitas e gado, a contaminação das exportações de açúcar entre outros. Sondagens mundiais revelam que os EUA são vistos como a maior ameaça à paz mundial. O Irão e o Paquistão constituem também uma ameaça à paz mundial.
No capítulo final faz a seguinte pergunta: Quem governa a Mundo ? É óbvio que nas questões mundiais os actores são os Estados e essencialmente as grandes potências. Para Adam Smith « Os Senhores da Humanidade » eram os comerciantes, e fabricantes de Inglaterra. No nosso tempo são os conglomerados industriais, as enormes instituições financeiras, os impérios do comércio retalhista e afins. Ainda, segundo Smith, « os senhores da Humanidade têm como máxima « Tudo par nós e nada para os outros. », ou seja uma amarga luta de classes, em largo detrimento do povo e do país de origem e do mundo. A segunda superpotência ou seja a União Europeia tem vindo a cambalear devido aos severos efeitos das políticas de austeridade durante a recessão. A democracia foi-se debilitando à medida que as tomadas de decisões foi sendo transferida para a burocracia de Bruxelas. Desde o fim da Guerra Fria, diz o autor citando um colunista do Finantial Times,« o esmagador poder militar dos EUA tem sido um elemento central da política internacional ». Este aspecto é particularmente relevante em três regiões : na Ásia Oriental onde a marinha dos EUA se acostumou a tratar o Pacífico como « um lago Americano » ; na Europa onde a NATO tem três quartos da despesas militares pagas pelos EUA que garantem a integridade dos seus Estados-Membros ; e no Médio Oriente onde as bases navais e aéreas norte-americanas « existem para tranquilizar amigos e intimidar rivais ». Mas o problema da Ordem mundial é que « esta ordem de segurança está a ser desafiada nas três regiões por causa da intervenção na Ucrânia e na Síria e porque a China transformou os seus mares vizinhos em « águas claramente contestadas ». Por outro lado a China está a construir uma versão modernizada das velhas rotas da seda ,com a intenção não só de colocar a região sob influência chinesa, mas também de chegar às regiões produtoras de petróleo da Europa e do Médio Oriente. Está também a criar um sistema energético e comercial integrado com vias férreas de alta velocidade e oleodutos. Na Europa de Leste há a crise que separa a NATO da Rússia. E as ambições imperialistas de Putin. Um outro desafio no Mundo Islâmico. Um enorme fluxo de armas jiadistas espalhou o terror desde a África ( agora campeã de assassínios terroristas ) ao Levante.
Um dos grandes problemas no futuro será uma resposta digna « à crise dos refugiados » que surgiu em plena força na Europa em 2015. Tal opção implicaria no mínimo um aumento acentuado de auxílio humanitário aos campos do Líbano, Jordânia e Turquia, onde miseráveis refugiados sírios mal conseguem sobreviver. A Europa também geme sob o fardo dos refugiados dos países devastados de África. Actualmente, acrescento eu, temos as vítimas da guerra na Palestina que precisam também de uma ajuda rápida para não morrerem à fome num conflito que está para durar devido ao terrorismo israelita que não respeita os direitos humanos.
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