Este é um livro escrito pelo Papa Francisco em que nos faz alguns pedidos tendo em conta o período de grande instabilidade que estamos a viver. O mundo está a mudar dadas as transformações provocadas pela tecnologia de vanguarda nas telecomunicações, modificando radicalmente muitos aspectos da vida quotidiana de milhões de pessoas. A inteligência artificial pode trazer benefícios positivos na saúde e na ciência mas também pode colocar no desemprego muitos trabalhadores. Depois há ainda as transformações provocadas pelas guerras e pelo aquecimento global que põe em risco a sobrevivência de milhares de espécies incluindo a humana. O Papa apela aos jovens para que intervenham numa política posta ao serviço do bem comum universal. O ideal é que nas medidas urgentes que é necessário tomar devemos ser nós os primeiros a dar o exemplo assumindo as mudanças que queremos ver. E passo a citar os dez pedidos que o Papa Francisco faz em nome de Deus:
8-PEÇO, EM NOME DE DEUS; QUE SEJA FACILITADO E DEFENDIDO O CRESCIMENTO DOS PAÍSES POBRES. No decurso da pandemia as dez pessoas mais ricas do mundo duplicaram as suas fortunas. As estatísticas dos dois últimos anos também mostram o fracasso das teorias da « recaída favorável », segundo as quais a maioria deveria contribuir para o enchimento dos copos daqueles que possuem mais, esperando que algumas gotas transbordem e caiam sobre a massa dos mais desfavorecidos. Mas o que se verifica é que os pobres são cada vez mais e estão a ficar cada vez mais pobres. A Terra, a Casa e o Trabalho deve estar ao alcance de todos.
9-PEÇO, EM NOME DE DEUS, QUE SEJA GARANTIDO A TODOS O DIREITO À SÚDE
O acesso à saúde deve ser universal e manter os laços de fraternidade e solidariedade com o próximo. É necessário dar acesso imediato, universal e homogéneo aos medicamentos, para que não seja a lógica do mercado e dos interesses particulares a orientara distribuição dos fármacos que salvam vidas entre os habitantes do planeta.
10-PEÇO EM NOME DE DEUS, QUE O SEU NOME NÃO SEJA UTILIZADO PARA FOMENTAR AS GUERRAS. A fraternidade é o veículo do nosso futuro, se quisermos ter um futuro. É importante que todos nos unamos na condenação unânime de qualquer tentativa de usar o nome do Todo- Poderoso para justificar qualquer tipo de violência e agressão. Queremos ser artífices da paz, revolucionários da ternura, portadores de amor e misericórdia. O inimigo da fraternidade é o individualismo, que se traduz no desejo de alguém se pôr a si mesmo e ao seu grupo acima dos outros.. Gosto de lembrar que nenhuma religião é terrorista. Não há um terrorismo cristão, não há um terrorismo judaico e não há um terrorismo islâmico. Em todas as religiões, assim, como em todos os países, há pessoas fundamentalistas e violentas que « se reforçam com generalizações intolerantes, se alimentam de ódio e de xenofobia. A violência em nome de Deus é uma traição à religião.
Os pedidos do Papa Francisco dão para pensar e refletir. Com a boa vontade de todos, cidadãos, políticos, economistas, Estados e da Igreja, podiam ser levados à prática e deste modo teríamos um mundo melhor e mais pacífico.
Este é um livro escrito por Erik Angner qu é professor de Filosofia na Universidade de Estocolmo, onde dirige o programa de Filosofia, Política e Economia. Tem doutoramento em Economia e em História e Filosofia da Ciência.
A palavra Economia vem do grego e significa administração da casa conforme a sua raiz etimológica oikos (casa) + nomia ( administrar) . A Economia hoje é uma ciência complexa que exige análise, investigação e cálculos matemáticos para se tirarem conclusões e tirarem conclusões e traçarem caminhos que ajudam a tornar o mundo melhor. O autor defende a ideia de que a Economia enquanto ciência pode ser aplicada para o bem da humanidade e do planeta. Há inúmeros problemas no mundo de hoje em relação aos quais a Economia pode dar uma ajuda. Ao longo do livro EriK aborda nove casos em que ela pode ser útil e que passo a enumerar: Como acabar com a pobreza; Como criar crianças felizes e manter a sanidade; Como resolver as alterações climáticas; Como alterar os maus comportamentos ; Como dar às pessoas aquilo que elas precisam ; Como ser feliz ; Como ser humilde ; Como enriquecer; Como construir uma comunidade.
1-Como acabar com a pobreza. A Economia é e sempre foi uma ciência profundamente moral. Na melhor das hipóteses, pode inspirar compaixão pelos pobres desapossados, um desejo de fazer algo em relação à sua situação e estratégias reais e exequíveis para a resolver
2-Como criar crianças felizes e manter a sanidade. Há apenas alguns anos, a economia da parentalidade não era assunto. Agora é. No entanto , ter e educar filhos está claramente dentro do alcance da disciplina. O tópico é abordado usando todas as ferramentas, incluindo econometria e teoria da escolha racional.
3-Como resolver as alterações climáticas. A racionalidade permanece central para a economia moderna e inclui soluções exequíveis para as alterações climáticas, soluções que podem ser apoiadas por evidências. Pode ajudar-nos a perceber de onde vêm as externalidades- porque há tanta poluição, por exemplo. Pode ajudar-nos a resolver alguns dos maiores desafios que a humanidade enfrenta, incluindo as alterações climáticas. A Economia pode traçar caminho para um mundo melhor.
4-Como alterar os maus comportamentos. A Economia das normas sociais reconhece que os seres humanos, por vezes, fazem coisas muito más e por períodos muito longos- mas também são capazes de mudar, ocasionalmente, de forma dramática e rápida. A teoria diz-nos como podemos realizar mudanças sociais e, assim promover os direitos humanos e a propriedade do ser humano. Oferece também conselhos práticos sobre a melhor forma de incentivar as pessoas, grupos e sociedades a melhorar.
5-Como dar às pessoas aquilo que elas precisam A concepção do mercado fornece novas pistas sobre o papel dos valores na economia . Os designers do mercado têm de responder aos valores da comunidade em que funcionam. A concepção do mercado visa explicitamente tornar o mundo um lugar melhor e construir um ambiente no qual as pessoas possam atingir os seus objectivos com segurança e simplicidade.
6-Como Ser feliz A economia não lhe diz categoricamente para tentar ganhar mais dinheiro, embora ter dinheiro possa ajudar. Mantenha as suas experiências e aspirações sob controlo. Evite comparar-se com os outros, a menos que seja necessário. Em primeiro lugar, a sua felicidade é até certo ponto, limitada por factores externos sobre os quais não pode fazer nada enquanto indivíduo.
7-Como ser humilde . A humildade epistémica é uma virtude intelectual. Baseia-se na percepção de que o nosso conhecimento é sempre provisório e incompleto. A confiança excessiva leva à imprudência, ao fracasso, à tristeza e à desilusão. Como Moore apontou o excesso de confiança tem sido implicado em crises financeiras, falências, disputas legais, partidarismo político e até guerra.
8-Como enriquecer Há quatro conselhos a seguir: (1) economize quanto puder.(2) Invista em fundos indexados, não em activos individuais.(3) Peça crédito de forma criteriosa. E finalmente (4) melhore as suas competências. A literacia financeira é também importante para processar informações económicas e fazer escolhas financeiras sábias.
9-Como construir uma comunidade. Um recurso de bem comum concentrado numa pequena localização geográfica e com um pequeno número de utilizadores potenciais é mais bem gerido por uma pequena instituição. As regras de gestão devem ser adaptadas às condições locais e as pessoas afectadas pelas regras devem ter permissão para participar para participar na sua criação e modificação.
Para concluir e na minha opinião pessoal diria que para a Economia salvar o mundo seria necessário corrigir as desigualdades sociais. Como diz o papa Francisco Esta Economia mata pois tem em vista o capital e os lucros financeiros. Há que respeitar os direitos do homem a uma existência digna onde não falte uma casa para habitar e um emprego que lhe garanta os meios de subsistência.
Hoje em dia temos de dizer não a uma economia de exclusão e da desigualdade. A autonomia absoluta dos mercados e da especulação financeira estão na origem da desigualdade social. Seria também necessário proceder a uma justa redistribuição da riqueza nacional tributando com impostos mais altos as grandes fortunas para poder beneficiar as classes de baixos rendimentos.
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