Este é título de um livro escrito por A.C Grayling professor em Oxford que já editou 30 livros sobre filosofia, história, ciência e actualidade.
É notório e evidente que o planeta Terra está em perigo. O aumento do carbono na atmosfera está a fazer subir a temperatura e a produzir efeitos que se reflectem na frequência de furacões, derretimento do gelo polar, desaparecimento de corais e de algumas espécies. Há terrenos que eram férteis e estão a desertificar. Para o aumento da temperatura está a contribuir a utilização de combustíveis fósseis. A juntar a tudo isto estão as guerras e guerrilhas, a pobreza e as desigualdades sociais que levam a migrações forçadas pondo em risco de vida muitas pessoas. Tendo em conta estes factores há três desafios prementes que o mundo enfrenta: a mudança climática, os aspectos inquietantes do desenvolvimento tecnológico e ainda os défices de justiça social, económica e política.
1-O primeiro problema, é o aquecimento global. Há que reduzir o ritmo do aquecimento e de mitigar os seus efeitos. Isto só é possível se a humanidade trabalhar em conjunto e de partilhar os custos e o ónus de o fazer . Impõe-se o uso integral de energias limpas e renováveis . Possivelmente terão que se utilizar máquinas que possam extrair da atmosfera o CO2, preservar as florestas que existem e reflorestar mais terrenos.
2-O segundo problema é a tecnologia que trouxe grandes benefícios para a humanidade mas que pode ser uma fonte de perigo para os indivíduos e para a sociedade. Isso pode acontecer quando a Inteligência artificial (IA) for aplicada a armas que se encontram em desenvolvimento. Há também a ameaça à privacidade individual e à desestabilização das instituições democráticas e dos governos. Os avanços na engenharia genética e a investigação em células estaminais oferecem a possibilidade de modificar os seres humanos do útero à idade avançada
3-O terceiro problema tem a ver com a justiça e os direitos. Aqui se incluem o desrespeito dos direitos individuais, casos relacionados com a homossexualidade com a sexualidade, desigualdade de género, fé e secularização, genocídios, escravatura, lei , direitos e liberdades e a justiça económica. É a esta categoria de justiça que pertencem os esforços para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Estes objectivos têm a ver com uma justiça para toda a humanidade e isso implica suplantar as fontes de divisão que existem no mundo. Para muitos países tudo o que pode ser feito será feito se trouxer alguma vantagem ou lucro a quem puder fazê-lo. Isto acontece com a produção e fornecimento de armas. Noutros países dá-se a situação inversa. Tudo o que pode ser feito não o será se isso acarretar custos económicos a quem pode pôr-lhe cobro. Aqui se situa o controlo das mudanças climáticas, a erradicação das doenças tropicais, introduzir sistemas de democracia e liberdades civis e negar a concentração de poder nas mãos de interesses económicos. A outra raiz das dificuldades do mundo é a ideologia: ideologias políticas, sociais, morais e religiosas.
Um outro factor que pode gerar conflitos e desentendimentos é o Relativismo. Há certos comportamentos que para uns são bons e que para outros são maus. Do ponto de vista objectivo atitudes como a tortura de crianças, o homicídio, a violação, a agressão militar, o roubo, a falta de gentileza e a crueldade, são moralmente erradas em todo o lado e para qualquer pessoa. Sem dúvida que é uma tese a favor da universalidade de valores morais universais.
4-SOLUÇÃo. Na parte final do livro o autor propõe uma solução para os problemas globais atrás mencionados. Uma é por meio de uma acção concertada e cooperativa da humanidade para prevenir e mitigar ou gerir suficientemente bem. A outra é enfrentar a realidade, que se impõe à humanidade quando os problemas estiverem para lá da nossa capacidade para lidar com eles. Neste último caso o fim dos problemas poderá incluir o fim da humanidade. Há duas barreiras a ter em conta: uma é o conflito e a competição que alimenta « corridas ao armamento» nas esferas económicas e tecnológicas. A outra são as diferenças políticas, religiosas e culturais que mantêm as pessoas , povos e Estados à distância, sendo a suspeita e a hostilidade uma característica comum da maneira como uns veem os outros.
No que diz respeito à mudança climática há três coisas que perturbam uma imagem optimista : uma é a mudança de governo ; outra as mudanças de opinião pública ; e uma terceira as flutuações das tensões internacionais. Neste último caso temos o exemplo irredutível e imperialista da Rússia no que diz respeito às suas fronteiras ocidentais e meridionais, nomeadamente em relação à Ucrânia e à Geórgia assim como o hábito russo de enviar agentes para matar dissidentes russos no estrangeiro.
Para terminar o autor diz que é essencial uma sociedade ter um governo democrático para todas as pessoas e não apenas para um grupo, classe, ou fação. Um governo não é maioritário nem minoritário mas tem de ser inclusivo no seu dever e objectivos. A democracia genuína é o meio de conseguir a cooperação altruísta entre governos ; a democracia genuína dá corpo aos direitos humanos e põe-nos em acção. Se os eleitores e os seus governos não adoptarem o rumo apropriado, só um activismo generalizado, à medida que a catástrofe se adivinha e o pânico cresce, será cada vez mais o recurso adoptado
. O SÍNODO DA IGREJA CATÓLI...
. UMA BOA VIDA ( Descobre a...
. A TARDE DO CRISTIANISMO- ...
. LIBERALISMO E SEUS DESCON...
. UMA TEORIA DA DEMOCRACIA ...
. O REGRESSO DA HIPÓTESE DE...