Este é o título de um livro escrito por Victor Frankl, formado em Neurologia pela Universidade de Viena onde viria a doutorar-se em Psiquiatria.. Especializou-se no estudo da depressão e do suicídio. No início foi influenciado por Sigmund Freud e Alfred Adler de quem se afastou mais tarde. Foi obrigado a interromper a sua carreira devido à ascensão do Nacional Socialismo (nazismo ) em Viena de Áustria onde vivia. Foi-lhe oferecida a hipótese de emigrar mas decidiu permanecer na Áustria para auxiliar os pais que era judeus. Em 1942 foi deportado para um gueto e mais tarde seguiu para o campo de concentração de Auschwitz. Conseguiu sobreviver e regressou à Áustria onde desenvolveu a Logoterapia que divulgou como professor em várias Universidades. Morreu aos 92 anos em 1997. No fim da guerra a mulher estava morta tal como os pais e o irmão.
Na sua actividade como médico usou com método a Logoterapia que procura dar sentido à vida às pessoas que caíram em depressão e se encontram num vazio existencial. O livro que escreveu “ O Homem Em Busca De Um Sentido “, foi lido por 12 milhões de pessoas em todo o mundo. O livro procura transmitir a mensagem que só a procura de um sentido na vida nos pode libertar do sofrimento. Irei fazer um pequeno resumo do livro pondo em destaque os aspectos mais importantes.
Logo na Nota Introdutória Victor Frankl diz-nos que a vida não é uma busca de prazer como pensava Freud nem uma busca de poder como ensinou Adler- mas sim uma busca de sentido. A mais importante tarefa de qualquer pessoa é descobrir o sentido para a sua vida. E há 3 fontes possíveis de sentido : o trabalho (fazer alguma coisa significativa ) ; o amor (cuidar de outra pessoa ) e a coragem em tempos difíceis. O sofrimento em si mesmo e por si mesmo é destituído de sentido. Conferimos sentido ao sofrimento pela maneira como lhe reagimos. As forças fora do nosso controlo podem levar-nos tudo excepto a liberdade de escolhermos como responderemos a uma situação. Não podemos controlar o que nos acontece na vida mas podemos sempre controlar o que iremos fazer quanto àquilo que nos acontece.
1-Experiências no campo de concentração. No campo de concentração havia prisioneiros que actuavam como administradores gozando privilégios especiais. Os prisioneiros fracos ou doentes incapazes de trabalhar eram enviados para um dos grandes campos centrais que estavam dotados de câmaras de gás e crematórios. Só os mais brutais de entre os preso eram escolhidos para essas tarefas. Em geral só conseguiriam ficar vivos aqueles que, anos a saltar de campo em campo, tinham perdido todos os escrúpulos na sua luta pela existência. Victor Frankl diz-nos que em dado momento sentiu que transcendia aquele mundo sem sentido e que, vindo não sabe de onde, encontrou um vitorioso “ SIM “ em resposta à pergunta sobre a existência de um sentido último. Qualquer homem pode, mesmo nas circunstâncias mais difíceis decidir o que será feito dele, mental e espiritualmente. Uma vida activa pode dar ao homem a oportunidade de realizar valores num trabalho criativo, enquanto a vida passiva de fruição lhe concede a oportunidade de se realizar mediante a experiência da beleza, da arte e da natureza. Se existe um sentido na vida então tem de haver um sentido no sofrimento. O sofrimento é parte inextirpável da vida tal como o destino e a morte. Sem o sofrimento e a morte a vida humana não está completa. A forma como o homem aceita o seu destino e todo o sofrimento que ele acarreta, a forma como ele carrega a sua cruz concede-lhe bastas oportunidades - de mesmo nas circunstâncias mais difíceis – para dar sentido à sua vida. Quando um homem descobre que o seu destino é sofrer, terá de aceitar esse sofrimento. Terá que reconhecer o facto de que, até mesmo no sofrimento não é o único e não está só no universo. Ninguém pode libertá-lo do sofrimento ou sofrer em seu lugar. A sua oportunidade única reside na forma como carrega o seu fardo. Disse também aos seus camaradas que a vida humana, fosse quais fossem as circunstâncias, nunca deixaria de ter sentido e que esse significado infinito da vida incluiria o sofrimento e a decadência física, as provações e a morte.
2-Logoterapia Para Frankl a logoterapia afasta-se da psicanálise na medida em que considera o Homem um ser cuja principal preocupação é o preenchimento de um sentido e não a mera gratificação e satisfação de impulsos e instintos, ou, a mera reconciliação de pretensões conflituantes do id, ego e superego ou a mera adaptação e ajustamento à sociedade e ao meio ambiente.
Na parte final do livro Frankl diz o seguinte: « Nos campos de concentração pudemos ver e testemunhar como camaradas se comportavam como porcos enquanto outros agiam como Santos. O Homem tem ambas as capacidades dentro de si mesmo; qual delas é transformada em acto depende de decisões mas não das condições. O Homem é esse ser que inventou as câmaras de gás em Auschwitz ; no entanto é igualmente o ser que entrou nas câmaras de gás de cabeça erguida com o Pai Nosso na boca ou Shema Israel nos lábios. »
. UMA BREVE HISTÓRIA DA IGU...
. A SABEDORIA EM TEMPO DE C...
. O HOMEM EM BUSCA DE UM SE...
. A arte de viver em Deus- ...
. OS GRANDES FILÓSOFOS: HUM...