OS GRANDES FILÓSOFOS- DAVID HUME
Encontrei na minha estante o livro “ Investigação Sobre o Entendimento Humano “ e “Diálogos Sobre a Religião Natural” do filósofo David Hume e resolvi lê-lo. E é sobre ele que vou escrever este pequeno Texto.
1-David Hume é um filósofo da época iluminista. Nasceu em Edimburgo na Escócia em 1711 e desde cedo teve uma paixão pelas letras. Adam Smith foi seu contemporâneo e amigo íntimo. Hume tentou obter uma cátedra na Universidade de Glasgow mas não conseguiu. Mais tarde foi colocado em Edimburgo numa vaga de bibliotecário na Faculdade de Advogados. Em1763 recebeu um convite para exercer as funções de secretário da Embaixada britânica em Paris. Aí acabou por se tornar protector de Rousseau e de acompanhá-lo a Inglaterra. Em 1769 estabeleceu-se definitivamente em Edimburgo. Em 1775 começou a sentir-se mal vindo a falecer em Agosto de 1776.
2-Dos livros que escreveu há a destacar os seguintes: Tratado da Natureza Humana, Investigação Sobre o Entendimento Humano, Investigação sobre os Princípios Morais e História Natural da Religião.
3-Para Hume todas as nossas ideias e todos os nossos conceitos e conhecimentos derivam de percepções .Nada existe na mente a não ser as percepções que são de dois tipos diferentes: impressões e ideias. As impressões incluem todas as nossas sensações, paixões e emoções. As ideias são imagens débeis ou cópias das impressões. Para Hume é impossível pensar em algo que não tenha passado pelos nossos sentidos. Há no entanto termos filosóficos que escapam ao conceito de ideias. São eles : a substâncias, o eu ou mente e a causalidade. Para Hume todas nossas percepções são substância. Também não existe um Eu distinto dos processos mentais transitórios. O Eu não tem realidade substancial é um resultado da imaginação. Só temos consciência das nossas emoções, desejos e outros conteúdos mentais. Todos os raciocínios acerca da realidade , observa Hume, baseiam-se na relação de causa e efeito, ou seja, no princípio da causalidade. Mas o conhecimento desta relação não pode ser atingido raciocinando” a priori” ou seja independentemente da experiência. Se tivermos uma bola de bilhar A com o nº 1 e se a movermos em direcção a outra bola B com o nº 2 de forma a chocar com ela, verificamos que a bola B com o nº 2 é posta em movimento. Concluímos assim que em circunstâncias idênticas a este caso particular é possível formular uma lei universal válida.
Um outro aspecto a focar na filosofia de Hume é que o seu empirismo levado às últimas consequências conduz a um cepticismo. O conhecimento não pode alcançar a verdade metafísica. A contemplação de ideias que não chegam a ser coisas não são mais que impressões subjectivas.
No que toca à filosofia moral Hume não estabelece normas éticas ou morais de carácter universal. Para ele não se pode demonstrar como bom ou mau por argumentos racionais. Quanto à Religião verificamos com mais evidência o seu cepticismo. A substancialidade, a imortalidade da alma e a existência de Deus não de podem demonstrar pela razão. Mas Hume esqueceu-se que a não existência de Deus também não se pode demonstrar. Dada a complexidade das leis que regem o universo é mais lógico e racional que exista Deus. Do nada não pode vir nada.
4-Para concluir diria que Hume é um empirista céptico pois só admite o conhecimento que nos vem pela observação da natureza e pela experiência. É notória a sua hostilidade à Religião e à Metafísica. Mas a sua importância na história da filosofia tem a ver com a análise da causalidade.
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