1-O Partido Socialista foi o vencedor indiscutível das eleições autárquicas 2013. Ganhou 150 Câmaras ou seja mais 18 do que em 2009 e 10 das quais pela primeira vez. O grande derrotado foi o PSD que obteve menos 44 Câmaras que o PS. A CDU ( PCP e Verdes ) e o CDS conseguiram também bons resultados obtendo a primeira mais 6 Câmaras e o segundo mais 4. Os Independentes surpreenderam pois ganharam 16 Câmaras entre as quais a do Porto. Os grandes derrotados foram os Bloquistas pois perderam a única Câmara que tinham.
2-Os dados estatísticos revelados após as eleições mostram que a abstenção foi grande ,ou seja, 47,4% dos eleitores, quase metade, não votaram. Isto mostra à evidência que há muita gente descontente com a política e que prefere ficar em casa e não ir votar. Verificamos também que nem todos os candidatos que contornaram o limite legal de mandatos autárquicos foram bem sucedidos. Cinco foram rejeitados pelos eleitores dos quais podemos destacar Fernando Seara do PSD por Lisboa e Filipe Meneses também do PSD pelo Porto. Mas houve também 6 candidatos que tiveram êxito : Álvaro Amaro na Guarda ( coligação PSD e CDS ) ; Ribau Esteves em Aveiro ( Coligação PSD e CDS ) ; Fernando Amaral em Castro Marim ( PSD ) e mais 3 candidatos da CDU às Câmaras de Évora, Beja e Alcácer do Sal..
Podemos concluir que a Lei de limitação de mandatos foi feita, como aliás a maior parte das leis , para ter várias interpretações de forma a que todos os partidos dela pudessem beneficiar, sobretudo os candidatos menos escrupulosos para os quais em política vale tudo e os fins( interesses partidários ) justificam os meios .
3-Os resultados das autárquicas 2013 mostram também que todos os partidos perderam eleitores em relação às autárquicas de 2009 sendo o PSD e o Bloco de Esquerda os mais atingidos. Os candidatos às autárquicas tal como os líderes partidários têm que ser transparentes , realistas e não iludirem os eleitores com falsas promessas e exercícios de retórica pois a democracia não se faz com demagogia e só ganha força com políticos honestos e competentes.
Estas eleições tiveram como finalidade escolher as pessoas mais aptas para administrar as autarquias. O que está em causa não é o partido mas o perfil e a personalidade de cada candidato e a confiança que inspira aos eleitores. Não nego que em certos casos o partido que está no Governo possa influenciar de forma negativa ou positiva os que vão votar, caso governe mal ou bem. O que mais interessa nas eleições autárquicas é saber se o trabalho desenvolvido pelos presidentes das Câmaras ou pelos presidentes das Juntas de freguesia agradou aos eleitores e se tudo foi feito com completo respeito pela lei e na defesa dos interesses de todos os munícipes. Há dois atributos que um eleitor deve ter em conta nas escolhas dos candidatos: a honestidade e a competência. Alguns preferem a competência à honestidade como é o caso de Isaltino Morais que foi preso por corrupção mas continua a ser um grande homem e um grande autarca para os munícipes de Oeiras.
4-Para concluir diria que o PSD saiu bastante enfraquecido destas eleições. O Partido Socialista embora tenha sido um vencedor indiscutível não arrasou por completo o PSD(mais coligação) pois a diferença em número de votos é apenas 5%. Mas é no entanto um grande estímulo que poderá guindar o Partido Socialista para uma vitória expressiva nas eleições legislativas se for estudado e apresentado aos eleitores um programa alternativo convincente, eliminando os erros que este Governo está a cometer castigando os portugueses com cortes sucessivos nos salários e pensões de reforma e adiando as reformas estruturais que não são ,nem deviam ser, exclusivamente despedimentos de funcionários.
FRANCISCO JOSÉ SANTIAGO MARTINS
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