1-A Associação 25 de Abril decidiu este ano boicotar as comemorações oficiais não tomando parte em actos públicos. Outros políticos como o dr. Mário Soares resolveram fazer o mesmo. Todos acham que se estão a subverter os ideais de Abril e a caminhar para uma situação política perigosa e indesejável.
Os militares de Abril cometeram realmente uma proeza digna de realce. Derrubaram uma ditadura e devolveram aos cidadãos a liberdade de escolher democraticamente os governantes. Por vezes interrogo-me se o 25 de Abril seria possível sem o cansaço dos militares, submetidos a sucessivas comissões de serviço na guerra do ultramar, e do descontentamento provocado pela integração no quadro de oficiais que não frequentaram a Academia Militar. A verdade é que o Antigo Regime estava podre e a guerra no ultramar acabou por desferir o golpe de misericórdia permitindo a transição para um regime democrático.
Os primeiros anos que se seguiram ao 25 de Abril foram agitados e nada pacíficos. Houve governos provisórios, governos minoritários democraticamente eleitos, governos de coligação, governos de iniciativa presidencial,, uma Aliança Democrática com o dr.Sá Carneiro até que finalmente em 1987 o Prof. Cavaco Silva conseguiu a primeira maioria parlamentar. Em 1976, devido às dificuldades financeiras que o país atravessava, o dr Mário Soares, então primeiro ministro, foi obrigado a recorrer ao empréstimo do FMI. Houve então que apertar o cinto e por isso se disse que entre 1976 e 1978 o dr.Mário Soares meteu o socialismo na gaveta.. Em 2000 e segundo dados recolhidos na História de Portugal de Rui Ramos, Portugal tinha um dos maiores rácios de funcionários públicos da OCDE, ou seja 15% da população activa. Segue-se um ciclo de investimentos em obras públicas- electrificação, saneamento abastecimento de águas, estradas- que melhoraram substancialmente a vidas das populações sobretudo no interior do país. Os aumentos salariais e o recurso ao crédito tornaram possível a muitas famílias ter acesso a casa própria e a aquisição de electrodomésticos. Asim, no início do século XXI “ Portugal constituía uma das sociedades europeias com mais casas, mais auto-estradas e mais energia consumida per capita”.
Mas com o desenvolvimento veio também o descalabro das contas públicas. Desde o 25 de Abril que não se conseguiu equilibrar o Orçamento do Estado ou seja as despesas públicas têm sido sempre superiores às Receitas. Como consequência disso tem vindo a aumentar e agravar-se a dívida pública.
As pessoas mais pessimistas dizem que a situação só se resolve com outra revolução que meta o país nos eixos. Mas em democracia os problemas resolvem-se escolhendo as pessoas mais competentes para governar o que nem sempre tem acontecido. As maneiras de pôr fim a um governo incompetente são as que estão prescritas na constituição: pedido de demissão do primeiro ministro, dissolução do Parlamento pelo Presidente da República e aprovação de uma moção de desconfiança.
A ausência da Associação do 25 de Abril nas comemorações oficiais da Assembleia da República não vai contribuir para que a situação melhore. Não passa de um acto mediático sem consequências práticas. Todos sabemos que a crise que o país atravessa está a afectar de forma considerável as classes baixas e as classes médias. Se o governo continuar a aumentar impostos e a cortar salários a situação poderá ser explosiva e conduzir a graves manifestações sociais. Estamos pois nos limites do que é humanamente exigível. Daqui para a frente o dinheiro que o Estado precisa terá de ser procurado estimulando a economia : apoiando as empresas que criem emprego e riqueza. Terá ainda que se renegociar com a troika os juros da dívida pública de forma a que os mesmos baixem para níveis aceitáveis e dilatando no tempo o prazo para o seu pagamento. Há ainda que fazer as reformas estruturais que se impõem simplificando os serviços e poupando dinheiro: redução do número de deputados, agregação de freguesias e municípios etc….
Se os políticos ao fazerem obras tivessem em conta as reais possibilidades do país ; se os políticos não se servissem das Parcerias Público Privadas e de Empresas Públicas para esconder défices orçamentais, certamente que estaríamos agora numa situação desafogada e não seria preciso cortar nos salários e nos subsídios de férias e de natal.
FRANCISCO JOSÉ SANTIAGO MARTINS
1-São 22 horas do dia 10 de Abril de 2012. Noite fria. Na estação de camionagem de Trancoso algumas pessoas movimentam-se ansiosas enquanto esperam pelo autocarro. Pelas 22h30m aproximadamente é a partida com destino à Meda e a Figueira de Castelo Rodrigo onde entraram mais grupos.
Perto de Saragoça tomou-se o pequeno almoço. Cerca das 14 horas do dia 11 o autocarro chegou ao Hotel Tahiti em Santa Susana onde foi servido o almoço. De tarde visitámos Blanes onde se situa o rochedo que marca o começo da Costa Brava. No morro oposto vê-se o Castelo de San Joan. Fomos ainda a Lloret do Mar onde percorremos algumas das principais ruas.
2-Saída do Hotel pelas 8 h 45m em direcção a Barcelona O autocarro percorreu as principais ruas da cidade para ficarmos com uma ideia geral de Barcelona. Parámos na Igreja da Sagrada Família que apenas vimos do exterior pois o tempo de que dispúnhamos era muito limitado. Antes do almoço ainda deu para ver o estádio Olímpico construído para os Jogos Olímpicos de 1992. A seguir e do alto do Montjuïc pudemos observar uma panorâmica deslumbrante de toda a cidade
O autocarro seguiu depois para o Parque Güell onde almoçámos ( lanche pic-nic ).
Por minha iniciativa pessoal, e sem guia, eu e minha mulher visitámos a catedral de Barcelona em estilo gótico, com duas torres octogonais e que data do século XIII. O interior é constituído por 3 naves com abóbadas de cruz. No deambulatório existem inúmeras capelas.
No fim descemos a Rambla em direcção à Praça Colombo onde apanhámos o autocarro de regresso ao Hotel.
3-Às 9 horas partida para Girona, cidade com cerca de 75 000 habitantes, situada numa colina e banhada pelas águas do Rio Onyar. Visitámos a Igreja de San Feliu ( século XIV –XV ) onde se encontra sepultado o santo com o mesmo nome que foi mártir e missionário em África.
Seguiu-se depois para a Catedral de fachada barroca e que tem apenas uma única torre. A abóbada em estilo gótico e com cerca de 23 metros é das mais amplas do mundo. O baldaquino e o retábulo do altor-mor são feitos de prata.
Da parte da tarde , depois do almoço, saímos para Tossa do Mar onde visitámos a Igreja de São Vicente. Subimos, em seguida, para a zona amuralhada da Vila Velha donde se disfruta uma vista panorâmica soberba sobre a cidade e o mediterrâneo.
Terminámos o dia em Sant Feliu de Guixols. Aqui tivemos ocasião de ver o Mosteiro Beneditino ( século X-XI ) que é a construção mais antiga da cidade. Deu ainda tempo para visitar o Museu da cortiça onde se encontram expostas máquinas que foram utilizadas, ao longo dos anos, no fabrico dos mais variados objectos.
4-Saída de Santa Susana pelas 8 h 30 m de regresso a casa. Paragem em Lérida ( lleida em catalão ) onde visitámos a Sé Nova em estilo neoclássico ( seculo XVIII) ; a Sé Velha em estilo romano-gótico ( século XII ) e o Castelo com uma vista fantástica sobre a cidade.
5 -Balanço final
Foi um passeio interessante pois tivemos ocasião de ver cidades, monumentos e paisagens de rara beleza. O tempo foi muito bem aproveitado e como não se podia visitar tudo escolheu-se o que havia de mais importante em cada local.
Apesar de ser uma viagem cansativa, devido aos muitos quilómetros que se andaram no primeiro e no último dia, acho que valeu a pena por dois motivos : o convívio com elementos de outros grupos e o enriquecimento cultural.
FRANCISCO MARTINS
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