1-A viagem para Lourdes, de autocarro, foi um pouco cansativa pois houve que parar várias vezes durante o percurso para deixar entrar diversos grupos de acompanhantes. A maior parte era gente simples do campo cujo objectivo principal era passear, divertir-se e ver coisas diferentes do dia a dia. Não se pode falar de peregrinação pois faltaram as orações e os cantos religiosos apropriados. Como a guia se limitou a dar algumas informações genéricas sobre os locais que visitámos e também a contar algumas anedotas, o espírito de peregrinação ficou apenas para aqueles, e nesse número me incluo , que iam com a intenção de prestar culto e venerar Nossa Senhora de Lourdes.
A primeira etapa rumo a Lourdes foi feita de noite e como acontece nestas circunstâncias pouco ou nada se dormiu. Ao princípio da manhã e depois de um pequeno almoço num café chegámos a San Sebastian, capital de Guipuscoa no país basco. Quando nos preparávamos para visitar a cidade começou a chover. Entrámos de fugida na catedral que é um edifício dos últimos anos do século XIX em estilo neo-gótico. Não deu para apreciar grande coisa pois o interior estava mal iluminado.
Nesse mesmo dia à tarde estávamos em Lourdes, onde ficámos alojados mo Hotel Helgon. À noite, quem quis tomou parte na imponente procissão das velas. Ao contrário do que se passa em Fátima o terço é rezado durante a procissão , com muitas paragens e cânticos em latim.
No segundo dia, de manhã, percorremos sem a participação activa do grupo ,como se impunha, as 15 estações da Via-Sacra, situada numa das encostas do Santuário. As estátuas são em ferro fundido e medem 2 metros de altura. Todo este conjunto foi inaugurado em 14 de Setembro de 1912. Dos vários santuários que vimos passo a destacar três: a Basílica da Imaculada Conceição, a cripta e a Basílica do Rosário. A Basílica Superior ou da Imaculada Conceição foi construída com pedra de Lourdes e a sua cúpula em estilo gótico eleva-se a 70 metros do solo. As colunas e arcos interiores são feitos com pedra de Angoulême e o altar-mor com mármore de Carrara. A Basílica é decorada com 21 altares e tem capacidade para 1000 pessoas. É de todas a mais imponente e a que domina o ambiente circundante. Situada entre esta basílica e a do Rosário fica a Cripta que foi escavada na rocha de Maassabielle. É composta por três naves e o tecto é composto de arcos ogivais sustentados por 28 colunas de mármore. O altar-mor é dedicado à Virgem Maria. A Basílica do Rosário encontra-se na parte inferior e foi construída 30 anos após as aparições. No portal de entrada sobressai a Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços e a entregar um rosário a São Domingos. A Planta é constituída por 3 naves com a forma de uma cruz grega e é feita em estilo românico-bizantino. As capelas internas ornamentadas com mosaicos coloridos representam os 15 mistérios do Rosário.
Tivemos ainda ocasião de visitar o Moinho de Boly, casa habitada pela família Soubirou quando Bernardette nasceu em 7 de Janeiro de 1844. Em Lourdes vimos ainda a Basílica São Pio X que é subterrânea e tem capacidade para 25 000 pessoas. Ao centro encontra-se um altar-mor para as celebrações litúrgicas. No corredor interior que circunda a basílica estão expostos os retratos dos Santos mais conhecidos da Igreja.
Para terminar a descrição sobre Lourdes quero ainda referir-me à Gruta de Massabielle onde a Virgem apareceu 18 vezes a Bernardette. Cavada na rocha encontra-se um nicho oval com a imagem de Nossa Senhora de Lourdes. Por baixo do pedestal um dístico diz : “Eu sou a Imaculada Conceição “ Ao centro em frente da Gruta existe um altar-mor onde são celebradas missas em todos os idiomas. Por aqui passam diariamente milhares de peregrinos que procuram conhecer mais de perto o local onde a Virgem apareceu e aproveitam para rezar em recolhimento. Um aspecto importante a destacar é a rara beleza que a floresta circundante e o rio Gave dão a este local.
Na tarde do segundo dia em Lourdes a guia levou-nos a visitar as Grutas de Betharram. Estas grutas foram descobertas e exploradas em 1810 por residentes britânicos do município de Pau. Há nelas 5 andares sobrepostos cavados na rocha ao longo de milhares de anos. A 80 metros abaixo do nível do mar corre um riacho e nele pudemos andar num barco característico. Seguimos depois num pequeno comboio pelas cavernas ricas em formação calcária até à saída da gruta.
2-De regresso a casa passámos por Andorra onde permanecemos um dia. Este país, o sexto menor da Europa, fica no enclave dos Pirinéus entre o Nordeste da Espanha e o Sudeste da França. A capital é Andorra –a-Velha e a língua oficial o catalão. Andorra é principado desde 1278 e uma democracia parlamentar a partir de 1993. O poder legislativo é exercido pelo Conselho Geral dos Vales e é composto por 28 deputados. Do ponto de vista político é uma diarquia ou seja o poder é exercido simultaneamente pelo Presidente da República da França e pelo bispo de Urgel da Catalunha. O chefe do governo é eleito pela maioria do Conselho Geral dos Vales. As divisões administrativas são designadas paróquias. Segundo dados recolhidos existem em Andorra 5000 lojas e 500 hotéis. O casario, em cinzento escuro ,é construído com materiais da região e os telhados cobertos de xisto. Depois de percorrermos algumas ruas comerciais parámos algum tempo na zona velha da cidade onde vimos a casa designada por Conselho Geral. No fim do dia e devido a um erro na rua que nos conduzia ao Hotel fomos ter a uma pequena igreja onde se celebrava a eucaristia dominical. Como os padres concelebrantes eram catalãos pouco ou nada percebemos das leituras da liturgia dominical.
3-No último dia e já na parte final da nossa digressão parámos em Saragoça. Esta cidade é a capital da comunidade de Aragão e da província de Saragoça. É banhada pelo rio Ebro. Como o tempo não deu para mais vistamos apenas a Basílica de Nossa Senhora do Pilar., recentemente considerada um dos 12 tesouros de Espanha. Esta basílica é o maior templo barroco de Espanha. Pelo estudo que fiz fiquei a saber que segundo reza a história Nossa Senhora do Pilar terá surgido ao apóstolo São Tiago precisamente em cima de um pilar ou coluna quando este andava a pregar aos povos da Península Ibérica.
Concluída a visita o autocarro partiu em direcção ao local onde se realizou a Expo 2008 mas como não se parou não foi possível apreciar nada em concreto se é que havia alguma coisa importante para ver.
A partir daqui e no regresso a Portugal atravessámos várias regiões de Espanha, tendo apenas no horizonte uma paisagem agrícola diversificada com terrenos bem aproveitados onde se produz por processos e técnicas modernas um pouco de tudo : vinho, cereais ,legumes e frutos.
Fazendo um balanço da viagem poderei dizer que, apesar de cansativa, valeu a pena pelo que pudemos fruir, ver e conhecer nesses escassos 4 dias. E se tivermos em conta o preço não se podia exigir mais.
FRANCISCO JOSÉ SANTIAGO MARTINS
2-De regresso a casa passámos por Andorra onde permanecemos um dia. Este país, o sexto menor da Europa, fica no enclave dos Pirinéus entre o Nordeste da Espanha e o Sudeste da França. A capital é Andorra –a-Velha e a língua oficial o catalão. Andorra é principado desde 1278 e uma democracia parlamentar a partir de 1993. O poder legislativo é exercido pelo Conselho Geral dos Vales e é composto por 28 deputados. Do ponto de vista político é uma diarquia ou seja o poder é exercido simultaneamente pelo Presidente da República da França e pelo bispo de Urgel da Catalunha. O chefe do governo é eleito pela maioria do Conselho Geral dos Vales. As divisões administrativas são designadas paróquias. Segundo dados recolhidos existem em Andorra 5000 lojas e 500 hotéis. O casario, em cinzento escuro ,é construído com materiais da região e os telhados cobertos de xisto. Depois de percorrermos algumas ruas comerciais parámos algum tempo na zona velha da cidade onde vimos a casa designada por Conselho Geral. No fim do dia e devido a um erro na rua que nos conduzia ao Hotel fomos ter a uma pequena igreja onde se celebrava a eucaristia dominical. Como os padres concelebrantes eram catalãos pouco ou nada percebemos das leituras da liturgia dominical.
3-No último dia e já na parte final da nossa digressão parámos em Saragoça. Esta cidade é a capital da comunidade de Aragão e da província de Saragoça. É banhada pelo rio Ebro. Como o tempo não deu para mais vistamos apenas a Basílica de Nossa Senhora do Pilar., recentemente considerada um dos 12 tesouros de Espanha. Esta basílica é o maior templo barroco de Espanha. Pelo estudo que fiz fiquei a saber que segundo reza a história Nossa Senhora do Pilar terá surgido ao apóstolo São Tiago precisamente em cima de um pilar ou coluna quando este andava a pregar aos povos da Península Ibérica.
Concluída a visita o autocarro partiu em direcção ao local onde se realizou a Expo 2008 mas como não se parou não foi possível apreciar nada em concreto se é que havia alguma coisa importante para ver.
A partir daqui e no regresso a Portugal atravessámos várias regiões de Espanha, tendo apenas no horizonte uma paisagem agrícola diversificada com terrenos bem aproveitados onde se produz por processos e técnicas modernas um pouco de tudo : vinho, cereais ,legumes e frutos.
Fazendo um balanço da viagem poderei dizer que, apesar de cansativa, valeu a pena pelo que pudemos fruir, ver e conhecer nesses escassos 4 dias. E se tivermos em conta o preço não se podia exigir mais.
FRANCISCO JOSÉ SANTIAGO MARTINS
1-A viagem para Lourdes, de autocarro, foi um pouco cansativa pois houve que parar várias vezes durante o percurso para deixar entrar diversos grupos de acompanhantes. A maior parte era gente simples do campo cujo objectivo principal era passear, divertir-se e ver coisas diferentes do dia a dia. Não se pode falar de peregrinação pois faltaram as orações e os cantos religiosos apropriados. Como a guia se limitou a dar algumas informações genéricas sobre os locais que visitámos e também a contar algumas anedotas, o espírito de peregrinação ficou apenas para aqueles, e nesse número me incluo , que iam com a intenção de prestar culto e venerar Nossa Senhora de Lourdes.
A primeira etapa rumo a Lourdes foi feita de noite e como acontece nestas circunstâncias pouco ou nada se dormiu. Ao princípio da manhã e depois de um pequeno almoço num café chegámos a San Sebastian, capital de Guipuscoa no país basco. Quando nos preparávamos para visitar a cidade começou a chover. Entrámos de fugida na catedral que é um edifício dos últimos anos do século XIX em estilo neo-gótico. Não deu para apreciar grande coisa pois o interior estava mal iluminado.
Nesse mesmo dia à tarde estávamos em Lourdes, onde ficámos alojados mo Hotel Helgon. À noite, quem quis tomou parte na imponente procissão das velas. Ao contrário do que se passa em Fátima o terço é rezado durante a procissão , com muitas paragens e cânticos em latim.
No segundo dia, de manhã, percorremos sem a participação activa do grupo ,como se impunha, as 15 estações da Via-Sacra, situada numa das encostas do Santuário. As estátuas são em ferro fundido e medem 2 metros de altura. Todo este conjunto foi inaugurado em 14 de Setembro de 1912. Dos vários santuários que vimos passo a destacar três: a Basílica da Imaculada Conceição, a cripta e a Basílica do Rosário. A Basílica Superior ou da Imaculada Conceição foi construída com pedra de Lourdes e a sua cúpula em estilo gótico eleva-se a 70 metros do solo. As colunas e arcos interiores são feitos com pedra de Angoulême e o altar-mor com mármore de Carrara. A Basílica é decorada com 21 altares e tem capacidade para 1000 pessoas. É de todas a mais imponente e a que domina o ambiente circundante. Situada entre esta basílica e a do Rosário fica a Cripta que foi escavada na rocha de Maassabielle. É composta por três naves e o tecto é composto de arcos ogivais sustentados por 28 colunas de mármore. O altar-mor é dedicado à Virgem Maria. A Basílica do Rosário encontra-se na parte inferior e foi construída 30 anos após as aparições. No portal de entrada sobressai a Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços e a entregar um rosário a São Domingos. A Planta é constituída por 3 naves com a forma de uma cruz grega e é feita em estilo românico-bizantino. As capelas internas ornamentadas com mosaicos coloridos representam os 15 mistérios do Rosário.
Tivemos ainda ocasião de visitar o Moinho de Boly, casa habitada pela família Soubirou quando Bernardette nasceu em 7 de Janeiro de 1844. Em Lourdes vimos ainda a Basílica São Pio X que é subterrânea e tem capacidade para 25 000 pessoas. Ao centro encontra-se um altar-mor para as celebrações litúrgicas. No corredor interior que circunda a basílica estão expostos os retratos dos Santos mais conhecidos da Igreja.
Para terminar a descrição sobre Lourdes quero ainda referir-me à Gruta de Massabielle onde a Virgem apareceu 18 vezes a Bernardette. Cavada na rocha encontra-se um nicho oval com a imagem de Nossa Senhora de Lourdes. Por baixo do pedestal um dístico diz : “Eu sou a Imaculada Conceição “ Ao centro em frente da Gruta existe um altar-mor onde são celebradas missas em todos os idiomas. Por aqui passam diariamente milhares de peregrinos que procuram conhecer mais de perto o local onde a Virgem apareceu e aproveitam para rezar em recolhimento. Um aspecto importante a destacar é a rara beleza que a floresta circundante e o rio Gave dão a este local.
Na tarde do segundo dia em Lourdes a guia levou-nos a visitar as Grutas de Betharram. Estas grutas foram descobertas e exploradas em 1810 por residentes britânicos do município de Pau. Há nelas 5 andares sobrepostos cavados na rocha ao longo de milhares de anos. A 80 metros abaixo do nível do mar corre um riacho e nele pudemos andar num barco característico. Seguimos depois num pequeno comboio pelas cavernas ricas em formação calcária até à saída da gruta.
1-Estamos a poucos dias das eleições legislativas. A campanha eleitoral, à semelhança de outras anteriores, primou pelo vazio de ideias. Os principais líderes partidários gastaram uma boa parte do tempo em acusações e ataques recíprocos em vez de esclarecerem os eleitores sobre a melhor forma de governar o país. Para Passos Coelho, o primeiro-ministro teria levado Portugal à bancarrota se não fosse a intervenção pronta do FMI. José Sócrates pensa de maneira diferente pois, se o PEC 4 tivesse sido aprovado não necessitávamos de ajuda externa.
Houve, no entanto , muitas questões importantes que ficaram por tratar . Eis algumas que me ocorreram:
Será o Serviço Nacional de Saúde sustentável, a médio e longo prazo, quando sabemos que há cada vez mais idosos a precisarem de médicos , medicamentos e meios auxiliares de diagnóstico ? O que é necessário fazer para não entrar em colapso ?
Será a Segurança Social sustentável quando há cada vez mais desempregados e cada vez menos trabalhadores no activo a descontar ?
Será ,ou não ,necessário estabelecer um tecto máximo para as Pensões de Reforma de forma a tornar o sistema viável ?
Será que não é possível fazer mais para tornar a Justiça mais rápida e eficiente ?
A estas e outras perguntas gostaria o comum dos cidadãos de obter uma resposta . Mas numa campanha eleitoral o que interessa mais é a política espectáculo e os discursos bonitos que empolguem as massas nos comícios.
Comparando esta campanha eleitoral com outras anteriores fica a ideia que não houve tanta despesa em outdoors e em propaganda. Falo pelo que vi no local onde vivo. Os banquetes e as jantaradas seriam, porém, desnecessárias no tempo de crise em que vivemos.
2-As últimas sondagens dão-nos o PSD à frente do PS e a possibilidade de poder formar uma maioria parlamentar associando-se como tudo indica ao CDS . O resultado final dependerá muito da abstenção e da maneira como o voto flutuante se orientar, ou seja, dos que votam ora no PS ora no PSD. Se há eleitores para quem pode contar a experiência governativa de Sócrates outros poderão apostar na vontade e no querer de Passos Coelho que certamente irá desenvolver todos o esforço para deixar uma boa imagem como político.
Tudo pode acontecer e até ao lavar dos cestos é vindima. De qualquer forma, e ganhe quem ganhar, há o programa que foi acordado com a troika e esse terá de ser rigorosamente cumprido. Mesmo assim, fica ainda margem para o líder vencedor mostrar a sua capacidade para levar a cabo as reformas importantes na Administração Central e Local. Espero que estas eleições nos tragam um governo estável, competente e com a força necessária para devolver aos portugueses alguma esperança no futuro. Os próximos anos vão ser de grande austeridade e sacrifício mas já passámos anteriormente por situações semelhantes e fomos capazes de as ultrapassar.
FRANCISCO MARTINS
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