Terça-feira, 29 de Abril de 2008

OS MEANDROS DA POLÍTICA

1-O dr.Marques Mendes foi derrubado pelo dr. Filipe Menezes e agora este foi forçado a demitir-se pela oposição interna e pelos barões do PSD. A política é isto: um jogo de interesses e uma ambição desmedida pelo poder. Nem sempre um líder consegue convencer todos os militantes. Os que são vencidos agrupam-se, conspiram e tentam desalojar o que foi eleito, não olhando a meios para atingir os fins. Seria lógico que um partido, uma vez eleito  um líder, se unisse e delineasse uma estratégia, um programa e um rumo de acção que servisse de plataforma a um futuro governo. Embora alguns políticos gostem do poder pelo poder e manifestem o desejo de servir o país, muitos vão para a política por interesses pessoais e para se servirem a eles próprios. Lembro-me que em jeito de desabafo confessei um dia a um amigo que não tinha vocação para a política. A resposta veio logo de imediato:” meu caro, quem não arrisca não petisca”. Assim passei a compreender melhor que certos lugares que as Câmaras Municipais põem a concurso já têm destinatários certos e também que alguns ministros saem do governo para ocuparem lugares em empresas que eles próprios subsidiaram ou às quais atribuíram concessões. Ora, nem tudo o que é legal é ética e politicamente correcto. Como diziam os romanos “ non omne quod licet honestum est “. Este é um princípio que infelizmente poucos seguem.

 

2-Quando um partido que está no poder governa bem ou toma medidas que embora impopulares são aceites pela maioria da população a vida fica demasiado complicada para os partidos da oposição. Dentro de cada um abrem-se brechas e as várias facções começam a digladiar-se e a insultar-se o que enfraquece ainda mais a sua posição perante o eleitorado. Nenhum governo é perfeito e por vezes toma medidas que são exageradas ou desproporcionadas provocando protestos e descontentamento generalizado. É aqui que a oposição terá matéria para reflectir e para propor soluções alternativas mostrando como faria se estivesse no poder. Só assim poderá convencer e mostrar credibilidade perante o eleitorado. Os críticos e analistas políticos são todos muito bons mas raramente apresentam vias ou caminhos que conduzem à resolução dos problemas. Temos excelentes politicólogos que escalpelizam tudo ao mais ínfimo pormenor mas são incapazes de liderar um processo de mudança. Um bom líder tem como é óbvio de saber de política mas isso só não chega. É necessário que também seja capaz de passar a sua mensagem para o eleitorado. A política é Ciência e Arte. Sem a conjugação destes dois factores não se chega a lado nenhum.

 

3-Uma questão que hoje em dia se coloca é a de saber se existem diferenças entre os partidos de direita e os de esquerda. Os eleitores normalmente votam na continuidade se o governo agrada ou na mudança quando estão descontentes. Há no entanto factores que podem afectar e condicionar as políticas de esquerda. Refiro-me entre outros aos seguintes: pacto de estabilidade e equilíbrio orçamental, estagnação económica, diminuição demográfica, deslocalização de empresas no mercado global , etc….Tudo isto irá ter reflexos negativos nos investimentos do Estado, nos aumentos salariais das classes mais desfavorecidas e também nas receitas para a segurança social.

Onde os partidos de esquerda podem fazer a diferença é no papel do Estado como regulador da economia. Para os neoliberais quanto menos Estado melhor. Por isso a ordem é para privatizar ficando apenas o esqueleto, ou seja, a política externa , a segurança e provavelmente a Justiça. Parece-me que era assim que pensava o dr.Filipe Menezes quando se referia à privatização da saúde. O resultado seria uma saúde apenas para ricos. Isso já hoje acontece quando, mesmo sem privatização, há doentes que esperam meses por uma consulta ou anos por uma intervenção cirúrgica. Tanto quanto sei, nos Estados Unidos quem tiver de recorrer aos cuidados médicos ou precisar de ser hospitalizado terá de pagar do seu bolso ou recorrer aos seguros.

Ao Estado caberá pois o importante papel de garantir os direitos fundamentais de todos os cidadãos e de satisfazer as suas necessidades básicas sempre que a sociedade civil não for capaz de o fazer. Em primeiro lugar terá que diminuir o fosso entre ricos e pobres acabando com os ordenados chorudos em lugares da Administração e com as duplas reformas. É precisamente numa maior sensibilidade para os problemas sociais que os partidos de esquerda poderão marcar a diferença.

 

4-As ideologias e as utopias não podem morrer se queremos uma sociedade melhor. Platão (1)  no  sec. IV a.c. e Tomas More (2) no sec. XVI , idealizaram, cada um a seu modo, uma comunidade de pessoas e bens, capaz de viver em perfeita harmonia e fraternidade. Tudo isto não passa hoje de pura ficção. Há porém um conjunto de valores, de ideais e de princípios que qualquer político que se preze não poderá pôr em causa se realmente tiver como objectivo o Bem Comum dos cidadãos . É também aqui os partidos de esquerda podem ter uma palavra a dizer e provar que as suas propostas não são pura retórica.

 

 

1-Platão – República( Fundação Calouste Gulbenkian ) ; 2- Tomás More-Utopia ( Europa- América)

 

Francisco Martins

publicado por pontodemira às 23:10
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Sexta-feira, 18 de Abril de 2008

O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

O novo Acordo Ortográfico é um assunto polémico e controverso. A língua é um elemento dinâmico e como tal não é de admirar que tenha evoluído ao longo dos séculos. Hoje não se escreve e lê como no tempo do Fernão Lopes. O latim que no tempo dos romanos se disseminou por toda a Europa, hoje é considerado uma língua morta, utilizada apenas pelo Vaticano em documentos oficiais. O português que hoje falamos é o resultado de inúmeras alterações semânticas, fonéticas e ortográficas. Para acompanhar este ritmo surgem periodicamente acordos ou reformas. Desde 1911 até agora foram feitos vários reajustamentos ortográficos tendo em 1945 sido concluído um acordo com o Brasil que este acabou por não ratificar.

 

Este ano volta a falar-se de um novo Acordo Ortográfico. Mas será que este é absolutamente necessário.? As opiniões dividem-se : uns são a favor e outros discordam e  entendem que não se justifica. Para os primeiros é mais fácil escrever o português aproximando a linguagem fonética da ortográfica. As consoantes mudas deviam por isso ser eliminadas. Para os que são contra, as novas regras poderão facilitar a escrita mas vão descaracterizar a língua. O étimo é um elemento importante para compreender o sentido da palavra e não deve ser desprezado.

 

Embora não seja um especialista na matéria penso que devíamos continuar como estamos. Não lucramos nada por andar a reboque dos brasileiros. Os portugueses entendem perfeitamente a grafia brasileira e vice versa. Os livros escritos no Brasil são lidos facilmente em Portugal o mesmo acontecendo na situação inversa. As alterações ortográficas a verificarem-se terão mais implicações em Portugal do que no Brasil que apenas terá que fazer pequenos ajustamentos. Os grandes sacrificados seríamos nós e mesmo assim duvido que o Brasil cumpra à letra o novo acordo.

 Nos dias de hoje a aprendizagem do português na escola do ensino básico já não se faz pelo método fonético mas pelo método global.  Parte-se da palavra que se decompõe em sílabas até chegar ao fonema. A simplificação ortográfica não faz qualquer sentido. Estou a lembrar-me que os ingleses escrevem farmácia e filosofia com ph ( pharmacy, philosophy ) , respeitando assim a origem grega das palavras. Se quisessem simplificar a grafia poderiam escrevê-las como nós com um (f ). Há também palavras em que a consoante  ( r ) não se pronuncia mas ela está lá e ninguém até hoje se lembrou de a eliminar. Isto são apenas exemplos de que a tradição e a origem das palavras têm muita força e nem sempre acompanham o ritmo do modernismo. Confesso que me vai ser difícil escrever ata em vez de acta, recetor em vez de receptor, ou ainda andamos em vez de andámos. Não vai ser fácil deitar para o caixote do lixo hábitos adquiridos durante toda a minha existência.

 

Este novo acordo ou reforma ortográfica nunca deveria ser implementada sem um estudo prévio feito por linguistas e  entendidos na matéria. Só no caso de uma maioria  qualificada se pronunciar favoravelmente é que se avançaria para a ratificação. Quanto a mim penso que me vai ser difícil adaptar a estas novas regras. Mesmo com a uniformização ortográfica continuarão a existir diferenças substanciais na língua portuguesa ao nível das variantes. No caso de ter de se ensinar português na Inglaterra ou na América,em escolas inglesas ou americanas, qual a variante que iria ser adoptada? O português do Brasil ou o de Portugal ?

 

Antes de se tomar uma decisão definitiva sobre a reforma ortográfica deveria reflectir-se sobre o impacto que a mesma vai ter para evitar consequências indesejáveis. Prudência e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

 

 

Francisco Martins

publicado por pontodemira às 21:15
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Domingo, 13 de Abril de 2008

NINGUÉM CALA O ALBERTO JOÃO

 

 Alberto João Jardim é sem dúvida um dos políticos mais mediáticos. Todos os portugueses o conhecem pela sua verborreia e incontinência verbal. É um excelente actor tanto no cenário político como no Carnaval da Madeira. Diverte-se e faz divertir. Quando discursa, berra ,gesticula e por vezes é grosseiro e boçal nas frases que lhe saem da boca. Ataca sem rebuço o governo ou qualquer pessoa que não lhe caia em graça. Faz tudo impunemente porque a ele tudo se perdoa e fica bem.

 

No último congresso do PSD Madeira correu com os jornalistas e não deixou fazer a cobertura completa do acontecimento. Segundo a explicação que deu a democracia representativa dá-lhe poder para pôr e dispor. Parece que para este senhor a democracia se esgota no acto eleitoral. Ora,a legitimidade eleitoral implica como é óbvio respeito pelos direitos humanos, pela liberdade de imprensa e pelo tratamento igual de todos os cidadãos. Se alguém tem medo de se exprimir ou de criticar o que  não está bem então o regime não é com certeza democrático mas ditatorial. As pessoas devem, pois, pensar  em quem votam para evitar situações destas. Mas se votam sempre da mesma maneira é porque estão satisfeitas e quanto a isto não há nada a fazer. Hitler também chegou ao poder através de um processo democrático e depois foi o que se viu.

 

 

Para justificar a enxurrada de dinheiro que vai do orçamento do Estado para a Madeira invoca-se a questão da insularidade. Mas em Portugal Continental temos as regiões do interior que estão a desertificar-se e que também precisam de muito dinheiro para se desenvolverem e estão a ficar para trás . O critério da interioridade devia ter igual peso de forma a que as verbas fossem  mais equitativamente repartidas.

 

Sem reparar nas barbaridades que diz o dr. Alberto João não tem pejo em apodar de colonialista o Partido Socialista mimoseando igualmente o PC e o BE com o título de fascistas. Só faltou dizer que ele é o exemplo e o modelo a seguir. Ora os factos dizem precisamente o contrário e apontam para uma personalidade arrogante e autoritária que se pudesse reduziria a democracia a um único partido (PSD ). Penso que a melhor forma de resolver o diferendo Madeira-Continente, seria consultar os madeirenses através de referendo inquirindo se querem ou não ser independentes. Se ganhasse o sim ter-se-iam atingido dois objectivos: o Orçamento de Estado seria aliviado de verbas substanciais que são necessárias ao desenvolvimento do país e o governo deixaria de ser o alvo privilegiado das diatribes do dr. João Jardim. Para fazer rir os portugueses já temos os Gatos Fedorentos. Só não percebo porque é que ninguém com autoridade não manda calar este homem. Será por medo? Será que não ligam ao que ele diz porque o consideram inimputável ? Tudo isto dá que pensar.

 

Francisco Martins

 

publicado por pontodemira às 20:42
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Quarta-feira, 9 de Abril de 2008

A INDISCIPLINA NAS ESCOLAS

 

1-Durante todo o meu percurso escolar a autoridade dos professores e a disciplina na escolas nunca estiveram em causa. Na escola primária ( hoje primeiro ciclo do ensino básico) havia sempre o recurso à régua e à vara. Estes mesmos meios eram utilizados para avivar a memória quando se faziam perguntas de História, de Geografia de Portugal ou até para trautear a tabuada. Abusava-se do castigo corporal e os alunos menos dotados eram vítimas de verdadeiras humilhações.

 

2-No Seminário que frequentei dois anos, a pedagogia  não era muito diferente.  A disciplina era escolástica, exagerada e desproporcionada, sobretudo para crianças da faixa etária dos 10 a 14 anos. Recordo-me de um episódio que  me ficou gravado para sempre na memória. Aos domingos o despertar era mais tarde que os outros dias. Como a sineta nunca mais tocava levantei-me e dirigi-me à sala onde todos guardávamos a roupa em cacifos individuais. Quando tinha em meu poder as peças que precisava para tomar banho e me preparava para regressar à camarata fui interceptado pelo prefeito ( padre ) que dormia num quarto ao lado. Sem ter sido inquirido ou repreendido fui despachado escada abaixo à bofetada chegando ao ponto  de onde tinha partido mais rápido do que era normal. Na sala de estudo e nas aulas o método não era muito diferente. Na aprendizagem do latim ,que para crianças não era nenhuma pêra doce, as declinações tinham de ser cantadas sem erro para evitar que as mãos do professor entrassem em acção. No refeitório era o suplício de ter de ouvir em silêncio a leitura de textos que muitos vezes ninguém percebia ou ouvia mal dado que não existia instalação sonora. Quem falasse era de imediato castigado. Se alguém não se sentava direito à mesa lá vinha um murro a lembrar a posição correcta. E com este sistema não é de espantar que ao segundo ano dissesse adeus ao seminário

 

3-No ensino secundário frequentei um colégio particular ( Externato ). Não me lembro de haver casos de indisciplina. Em 1950 o ensino público não estava como hoje democratizado e eram poucos os que estudavam. A competitividade e rivalidade entre estabelecimentos era grande e cada um procurava obter os melhores resultados. Daí que se cometessem alguns excessos. Tive um professor de História que obrigava a despejar tudo o que estava no Compêndio. Se havia um hiato ou hesitação lá estava a mão a impor o ritmo. Ninguém se queixava em casa aos pais. Se estes não estavam contentes só lhes restava mudar os filhos para outro estabelecimento.

 

4-Na Escola do Magistério Primário, que preparava para a profissionalização no ensino básico a disciplina era a regra . Havia alguns casos pontuais como as aulas de Desenho e Trabalhos Manuais onde a postura não era tão rígida e os alunos podiam conversar descontraidamente e muitas vezes sair da sala de aulas sem que o professor desse conta. Tive no entanto um professor de Higiene que logo nas primeiras definiu para os alunos as regras do jogo: “ Se alguém estiver a dormir enquanto falo isso não me incomoda a menos que ressone. Dormir é uma necessidade fisiológica. Mas se for apanhado a conversar é punido com falta e vai para a rua.    E as aulas deste senhor eram chatas e monótonas e como decorriam a seguir ao almoço muitos colegas aproveitavam para dormir graças a tamanha generosidade.

 

5-Hoje a situação nas escolas é bem diferente. Passou-se de um extremo ao outro. É óbvio que sem ordem e disciplina não pode haver aproveitamento nas aulas.  A disciplina não pode porém ser imposta pela força mas na base do respeito e da autoridade que deve emanar do professor. A educação deve começar em casa e por vezes os pais não têm tempo para dialogar com os filhos nem para acompanhar o que se passa na escola. Quando intervêm fazem-no normalmente para desautorizar os professores. Longe vão os tempos em que, como dizia Frei Bento Domingos no jornal “ Público “, os pais reagiam ao castigo dos filhos dizendo: “ Só se perdem as que caem no chão”.

O Ministério da educação tem vindo há uns anos a esta parte a tomar medidas que longe de resolverem os problemas do ensino os têm agravado. Primeiro foram as facilidades no aproveitamento escolar. Só em casos extremos se devia reprovar um aluno. Quem o fizesse teria de justificar tudo através  de um relatório circunstanciado. Se um aluno não aprendia culpa era do professor. Como a palavra reprovação era um estigma inventou-se logo uma palavra mais soft para a substituir a que se deu o nome de “retenção”. Estas medidas tiveram apenas em vista, segundo os entendidos na matéria, melhorar as estatísticas do sucesso escolar de forma a ficarmos ao nível dos outros países desenvolvidos da Europa.

Para melhorar a disciplina na escola surgiram nos últimos tempos o Estatuto do Professor e do Aluno sobre o qual não me vou pronunciar porque  não li. Mas a disciplina nas escolas não se resolve com leis e despachos emanados do ministério. As escolas deveriam ter autonomia suficiente para criar elas próprias os seus regulamentos. Esses regulamentos deviam prever que, em casos devidamente especificados de indisciplina e má educação, os alunos pudessem ser expulsos das aulas pelos professores. Nada de histerias como o que vimos na televisão com o telemóvel que aluna se recusa a dar à professora.

Na minha modesta opinião o problema da disciplina escolar seria resolvido dando aos conselhos directivos mais autonomia e pedindo aos pais mais empenhamento na educação e acompanhamento dos filhos.

 

Francisco Martins

publicado por pontodemira às 09:12
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