1-Num artigo publicado no Diário de Notícias no dia 27 de Maio passado, Mário Soares manifestava-se preocupado com os Relatórios vindos a público e que situam Portugal na cauda da Europa no que toca ao fosso existente entre ricos e pobres. Por força do rigor e da contenção orçamental os últimos anos foram bastantes penosos para todos os portugueses e em especial para as classes economicamente mais débeis. Quando todos nos preparávamos para uma certa folga e uma melhoria gradual da situação, eis que surgem em cadeia uma série de aumentos: subiu o o preço de alguns bens essenciais como o pão e o arroz e ainda, como se isto não bastasse, o preço dos combustíveis. Todos eles criam enormes dificuldades a quem tem magros salários ou esteja no desemprego. Ultimamente são os pescadores que se queixam do aumento do preço do gasóleo e resolveram fazer greve.
2-Estamos a viver tempos de grande instabilidade não só por causa das nossas naturais fragilidades mas também por força de uma conjuntura internacional desfavorável. O nosso crescimento económico não arranca de forma significativa com reflexos negativos no aumento do desemprego e na criação de riqueza. É fácil criticar o Estado e responsabilizá-lo por não investir o suficiente de forma a estimular a economia. Mas a solução do problema não reside só aqui. Os empresários têm de ser inovadores e criativos e procurar as áreas em que possam ser competitivos. Por outro lado os jovens licenciados terão de procurar projectos que os possam lançar no mundo empresarial. Do que Portugal não tem falta é de especialistas que são capazes de traçar na perfeição diagnósticos da situação económica e financeira do país mas são incapazes de indicar soluções ou pistas para resolver os problemas. No programa “ Prós e Contras “da semana passada, Medina Carreira demonstrou, através de gráficos, como temos andado sempre atrás da Europa no crescimento económico. Mas a única pista que deu para se sair deste marasmo foi, segundo percebi, o agravamento dos impostos para os que ganham chorudos ordenados. Manuel Alegre numa entrevista à revista “ Visão “ diz que tem de haver alternativa às políticas sufragadas pelo Banco Mundial, pela OCDE ou por Bruxelas. Concordo com este ponto de vista só que Portugal estando dentro da Comunidade Europeia e do mercado livre tem de respeitar as regras por que se regem estas instituições enquanto não surgir um acordo entre todos os países para as alterarem. O nosso isolamento da Europa seria mais gravoso e de consequências imprevisíveis. É preciso não esquecer que o nosso desenvolvimento nos últimos anos se ficou a dever aos fundos comunitários.
3-O dr. Mário Soares está preocupado com os índices de pobreza
Francisco Martins
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